quinta-feira, 28 de abril de 2011

jose foi embora

jose realmente era um cara estranho, digamos, do seu jeito de ser; uma certa vez sem estilo nem nada resolveu que iria sair apenas de bermuda, chinelo e uma camisa ridiculo que tinha no armario ha tempos sem uso, cheia de flores e de abrir na frente, meio anos 70, meio ridicula

pegou seu gravador portatil e se bandio mundo afora, a principio no seu bairro, depois mais pra frente em direcao ao centro, pegou trens, onibus, caronas e sempre daquele jeito; ja nao se importava mais onde comia, se fazia frio ou calor ou se a instancia de sao pedro ficava para tras por meses; isso se repetiu por uns tempos, mas sua esposa cansou de desesperar, nao chamou a TV, disse à vizinhanca toda que isso era assim mesmo, sabe os homens idealistas, que lutavam tanto e no final nao diziam nada à sociedade, era como morrer inutilmente.

pois é, mas uma coisa que ficou foi ainda a pergunta sobre o que mesmo o jose estava fazendo, porque e até quando? se isso tiver possivelmente alguma conotacao com o tempo;

jose foi criado meio mimado, com tudo, digamos; mas à medida que foi crecendo pode perceber que o mundo nao era aquilo que pensava; num dia ate pensou: muito pelo contrario, ta tudo errado; as pessoas sao frustadas em suas expectativas, atras de papeis inuteis de desconfiança vivendo miseralvemnte (em todos os sentidos) suas vidas sem graça nenhuma, sem cor, sem alegria, fingindo serem amigas, maridos, esposas, pais, colegas de trabalho, querendo chamar os colegas (amaveis) para um churrasco no domingo; fazendo fofocas, brilhando os olhos na novelinha sem fundamento, que ensina brigar, chorar, desesperar; que a ganancia nao tinha fim, que pessoas passavam com carroes em cima de mendigos e davam risada e ainda achavam que tinham muito poucos; que eram motivados pela competicao e nao pela cooperacao, que…… infinitas coisas ruins que fez jose nao optar mais por esta vida;

ele nao conseguia simplesmente acreditar que era assim tb, que nao podia fazer parte daquela desgraça toda;

entao saiu passear, conversar com as pessoas, com as arvores, com as estrelas, foi buscar uma esperança,….

to be continued

andas

ja nao sei se isso é um poema o apenas uma flor que se encanta por descobertas
coisas que nao se diz para ninguem por medo ou por influencias estranhas de quem tem medo de ser descoberto bem antes do tempo

que dificuldade pode ter uma criatura que é divina para uns e o inferno para outras?

e dai que nao sabe escrever, que nao se expressa e nem da bola se o cafe ta frio

isso tudo pode ser apenas ilusao de que tudo está bem certo no seu lugar favorito ou alguns centimetros a mais de sono antes de acordar e ver que o tempo nao parou tao perto assim

sexta-feira, 8 de abril de 2011

a beira da cidade pequena

estava na companhia de um negao que ia pelo interior de uma cidade à procura de suas raízes ou que ha tempos nao andava por la e queria algumas recordações de vota; chegando por la por entre capinzais e morrinhos com riachos e eis que algumas casas brancas velhas se aproximavam; sem saber ao certo meu papel ali fui indo receosamente junto; à medida que nos aproximávamos o povo ia chegando perto e de certo que muito desconfiado; o negao parecia determinado e em certos momento, nao causava duvidas de suas intenções e la se foi; ao aproximar-se de uma das casas (agora se via que eram muitas e com varias pessoas dentro delas) o povo ia olhando bem curioso e com certeza tb com certo medo; o cara era grande mesmo e tb nao podia se dizer, nao mal-encarado; sem pestanejar entrou numa casa, com a sensação transmitida de que "é aqui" e ao fazer isso, todo o povo q estava dentro saiu depressa; sozinhos la dentro, começou a conversar com os poucos que restavam sobre uma longa mesa de madeira la dentro; pessoas espiando nas janelas mas do lado de fora, crianças as adultos de cor, curiosos; quem seria aquele sujeito e como surgiu? o que faria em seguida; logo pessoas começaram a fumar ali dentro, um a um, ofereceram a ele que fumou, ficaram mais relaxados, me tranqüilizei um pouco e me ofereceram tb; com medo e alegria fiquei sem saber o que fazer por nao saber o que poderia acontecer.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

a posse

estava numa cidade muito movimentada no meio de prédios com varias pessoas enlouquecidas querendo ver a posse da presidente que seria num prédio logo ali adiante; mas o problema é que nao tinha espaço para todo mundo e as coisas começaram a pegar valendo; num determinado momento decidimos que nao iríamos mais assistir essa posse dado o tamanho da fila mas o bode cismou e foi para la para ficar por pelo menos 2 horas para entrar; perguntei a um dono de bar no meio daquela multidão toda como fariam isso se nao tinha lugar; ele disse q tb nao entendia aquela loucura toda pela posse e mais estranho ainda que nao iriam televisionar, talvez por isso q estavam tao loucos para ver, apesar de muitos ja desistindo; no entanto, aos poucos os carros começaram a se bater e à medida que íamos caminhando víamos diversos carros muito batidos, na frente, nos lados uma loucura completa; fomos comer e nao sabíamos onde; uma hora, talvez cansada de esperar a clarice começar a comer num buffet numa mesa grande ao ar livre mas eu a chamei para irmos mais acima onde o ronaldo nos esperava numa outra mesa; ninguém sabia como pedir a comida, tínhamos medo de tudo naquele cenário de caos, nem como pagaríamos a comida e nem para quem; e assim foi ate q mais tarde o valdir heinen aparece numa esquina com um carro verde, estranho, quadrado, para na esquina e começa a atirar garrafas vazias de uísque na rua, as quebrando; o pessoal na rua fica indignado com esse vandalismo e quando ele percebe (apos ter quebrado umas 4 garrafas) vem em nossa direção e tenta se aproximar com o carro ao máximo da calcada para se explicar no que imediatamente encosta com o pneu dianteiro direito no meio fio e como estava muito rápido bate forte, o carro se desestabiliza e vai novamente para o meio da rua; assustado, ele continua correndo de maneira torta pela rua; e o caos continuava;