sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

mae-zinha

dias desses presenciei uma cena incrível no busão: uma mãe toda amada para a sua filha lhe dando
uns supetões repentinos porque a criança não queria sentar direito no banco. Aí me veio uma idéia
no sentido de que essa mãe deve realmente (como todas) amar muito a sua filha, quer o seu
melhor e não se imagina sem ela, mas, e a expressão de raiva que fez ao xingá-la ?? de onde vem ??
será que é da rotina, de ver sempre a mesma moleca (do seu sangue ainda) aprontando dia-a-dia ? ou
talvez seja a "certeza" de que ela estará sempre aí com ela - para ela amar - independente do tempo,
de namorados e de acidentes ?? isso é realmente incrível, porque podemos manifestar, na mesma
pessoa e em relação a mesma outra - snetimentos dos mais variados e pior, fortes e contraditórios.
Sempre me chocou a possibilidade de amar e odiar a mesma pessoa, só que em tempos distintos !! Um
grande e verdadeiro amor, consegue compactuar com a raiva, a dor, o desejo ardente de querer o mal
dessa pessoa, só pra "ela aprender" ????

2 comentários:

Leandro Soares Indrusiak disse...

deixa eu tentar deixar a minha abordagem a esse relevantissimo problema de forma analitica. a reacao e o sentimento que temos por uma pessoa e' uma funcao f, que e' funcao nao somente de a pessoa p e do tempo t, mas de uma outra funcao g. a funcao g e' uma funcao do tempo e representa o estado de espirito do proprio individuo correspondente a funcao f. assim,

f (p, t, g(t) )

no caso da senhora do onibus, apesar de que p deveria sempre levar f para um maximo (era a sua propria filha!), naquele instante t o valor de g era muito baixo (onibus atrasado, calor, TPM, etc.) e acabou tendo influencia decisiva sobre f.

como queriamos demonstrar.

Unknown disse...

Matemática a parte, amor e ódio são vizinhos, nunca presentes na mesma fracao de tempo, creio eu. Hora se ama, hora se odeia a mesma alma. E vice-versa...

Me parece que raiva por alguém que se ama surge de alguns sentimentos pouco nobres que nos acompanham todos: segurança em excesso, intolerância, insensibilidade, ..., e principalmente egoísmo.

Possivelmente este último seja o carro chefe, o abre salas, de todos os demais.

Sem dúvida, um ótimo assunto para um divã, ou para uma roda de amigos chegados, com umas geladas na cuca...